Envelhescência é o período de transição entre a idade adulta e a velhice – o que ocorre dos 45 aos 65 anos, aproximadamente.

O termo foi criado pelo sociólogo Manoel Berlinck, que fez referência ao período da adolescência e seu significado de conexão entre a infância e a fase adulta.

O autor propõe olhar para esse período com cautela, a fim de garantir que a velhice em si seja mais saudável em todos os aspectos

Navegue pela matéria:

• O que acontece durante a envelhescência?
• Por que a envelhescência é importante?
• Aprendendo a envelhecer.
• O momento certo é agora.

O que acontece durante a envelhescência?

Tal como a adolescência, a envelhescência é caracterizada por grandes transformações físicas, sociais e psicológicas.

Encarar a velhice como uma experiência natural (e não como a derrocada da vida ou “o fim da linha”), portanto compreender que outras boas vivências e possibilidades estão disponíveis neste período são atitudes fundamentais.

Seguir aprendendo e desenvolvendo habilidades é possível e evidenciar isso ajuda a combater o etarismo, a discriminação pela idade e diversos estigmas limitantes relacionados à senilidade.

Por que a envelhescência é importante?

Uma pesquisa desenvolvida na Escola de Medicina de Yale (Estados Unidos) revelou que cultivar crenças positivas sobre o envelhecimento ajuda a reduzir o risco de demência em idosos com mais de 60 anos – inclusive para quem tem predisposição genética para a doença.

Além disso, este é um bom período para assimilar a transição, desenvolver autocompaixão e planejar um futuro bonito e possível.

Aprendendo a envelhecer

Para Thais Ioshimoto, médica geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, é necessário aprender a envelhecer.

A velhice pode – e deve – ser vista com bons olhos e, para isso, ela precisa ser planejada, a fim de minimizar as perdas cognitivas, funcionais, financeiras e sociais.

Na prática, é importante:

●  Cuidar da saúde física, praticando exercícios físicos regulares – incluindo alongamentos, atividades de fortalecimento e de mobilidade.

●  Cuidar da saúde mental para manter-se ativo e positivo. Dessa forma, a psicoterapia é fortemente indicada para isso.

●  Incluir atividades relaxantes e de autocontrole no dia a dia – como meditação e exercícios de respiração.

●  Alimentar-se de maneira equilibrada, adequando a ingestão de nutrientes às necessidades específicas. Sendo assim, é relevante observar o histórico familiar de doenças (como câncer, hipertensão, diabetes e dislipidemias) e focar na prevenção.

●  Envolver-se em atividades de desenvolvimento cognitivo, como aulas de música ou de artesanato, jardinagem ou clubes de leitura. Geralmente essa tarefa traz consigo a possibilidade de interações sociais positivas.

●  Buscar a espiritualidade – não necessariamente ligada à religião.

●  Ordenar a vida familiar e doméstica, firmando uma rede de apoio sólida e fazendo uma reserva financeira, se possível.

O momento certo é agora.

Mesmo se você já sofre pelas dores ocasionadas pelo passar do tempo ou se já passou dos 65 anos, você pode escolher se cuidar mais e melhor.

O pontapé é a consciência e, durante o trajeto, você poderá se valer da ajuda de diversos profissionais, amigos e até mesmo instituições de saúde.

Lembre-se de que cada fase da vida tem a sua beleza e, independentemente da idade, sempre haverá ganhos.