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Call-center atende idosos solitários no Reino Unido

Postado: 6 de novembro de 2016

A mulher do outro lado da linha falava animadamente sobre a primavera e sobre seu 81º aniversário na semana anterior. “Com quem você comemorou, Beryl?”, perguntou Alison, cujo trabalho é escutar outras pessoas.

E com isso, a alegria de Beryl se transformou em desespero. Sua voz começou a tremer quando reconheceu que estava sozinha em casa não apenas no seu aniversário, mas há dias. Na conversa telefônica, era a primeira vez que falava em mais de uma semana.

Na cidade litorânea de Blackpool, cerca de dez mil chamadas semelhantes chegam semanalmente à Silver Line Helpline, uma central de atendimento 24 horas para pessoas idosas que buscam preencher uma necessidade básica: o contato com outras pessoas.

A solidão é uma devastação silenciosa. Mas, no Reino Unido, ela gradualmente está sendo vista como algo mais: um problema grave de saúde pública merecedor de fundos e atenção nacional. Trabalhando com governos locais e o Serviço Nacional de Saúde, programas destinados a atenuar a solidão surgem em dezenas de cidades e vilarejos britânicos.

“Houve uma súbita sensibilização do público, desde autoridades locais até o Departamento de Saúde e os meios de comunicação”, disse Paul Cann, um dos fundadores da Campaign to End Loneliness (campanha para acabar com a solidão), grupo com sede em Londres à publicação. 

Pesquisadores encontraram inúmeras evidências vinculando a solidão a doenças físicas e ao declínio cognitivo e funcional. Como causa de morte precoce, ela ultrapassa a obesidade.

“Os efeitos profundos da solidão sobre a saúde e a independência são um problema crítico de saúde pública”, disse a doutora Carla M. Perissinotto, geriatra da Universidade da Califórnia, em San Francisco.

Publicado por: dolcevivere

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