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Ansiedade na terceira idade: como identificar e tratar

Postado: 16 de julho de 2021

Você sabia que os brasileiros estão vivendo mais? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2025, a estimativa é que o Brasil alcance a sexta posição entre os países com maior número de idosos. No entanto, o aumento da expectativa de vida precisa ser acompanhado pela manutenção da qualidade de vida, que exige cuidados com a saúde em sua integralidade, incluindo uma atenção especial para a saúde mental.

Entre os idosos, o transtorno da ansiedade se torna cada vez mais frequente. Porém, quando os sintomas não são percebidos pelos cuidadores ou familiares, eleva-se a chance de levar a quadros depressivos ainda mais complexos de serem tratados. Aliás, na população idosa, o transtorno de ansiedade costuma ter mais relação com a depressão do que em pacientes mais jovens.

Sentimentos de angústia, suor excessivo e nervosismo sem razão aparente podem ser indicativos da presença de distúrbios de ansiedade. Por isso, estar atento aos primeiros sinais e não atribuí-los ao próprio processo de envelhecimento pode ajudar a buscar o melhor tratamento rapidamente.

Lembre-se: a ansiedade pode prejudicar, e muito, a saúde física do idoso e até mesmo impedi-lo de realizar suas atividades do dia a dia, tornando-o mais dependente de outras pessoas.

Conheça aqui os fatores que desencadeiam o transtorno da ansiedade entre idosos, os sintomas mais comuns e como tratá-lo.

Quais as principais razões do surgimento de quadros de ansiedade entre idosos?

Entre os principais motivos que levam ao surgimento de quadros de ansiedade entre os idosos destacam-se: os sentimentos negativos e excessivos relacionados a uma doença existente, os efeitos colaterais do uso de medicamentos ou da automedicação, o recorrente abuso de álcool e a preocupação constante com o bem-estar de amigos ou familiares.

O transtorno também pode ser desencadeado por situações de estresse, desarmonia familiar ou por mudanças abruptas impostas ao estilo de vida, como, por exemplo, o distanciamento social decorrente da pandemia da Covid-19.

Existem também alguns fatores de risco para o desenvolvimento do transtorno de ansiedade em idosos. Além dos fatores ambientais e genéticos, questões econômicas e sociais estão relacionadas, como não dispor de muitos recursos financeiros para se manter, ser viúvo ou separado e ter tido vivências permeadas por estresse e frustrações na infância e/ou na idade adulta.

Como identificar os sintomas do transtorno da ansiedade em idosos?

Os sintomas do transtorno da ansiedade em idosos podem se apresentar de diversas formas, uma vez que a sua causa está diretamente relacionada à somatização de diversas situações da vida. Os sinais mais comuns são nervosismo, irritabilidade, dificuldades para dormir durante a noite, dores de cabeça, sensação de aperto no peito e boca seca, arritmias cardíacas, suor excessivo, diarreia, tensão muscular, limitações físicas para a realização de tarefas rotineiras, tremores e falta de concentração.

Além disso, os transtornos de ansiedade podem se apresentar de três formas, sendo elas o Distúrbio de Ansiedade Generalizada (TAG), a fobia social e o transtorno do pânico, também conhecido como síndrome do pânico.

Como é o tratamento do transtorno de ansiedade em idosos?

O tratamento para o transtorno de ansiedade, independentemente da idade, consiste em uma combinação de psicoterapia e uso de medicamentos, que deve ser indicada pelo profissional especializado, de acordo com a complexidade e os sintomas de cada caso. Para os quadros iniciais e leves, por vezes, a psicoterapia consegue por si só controlar os sintomas, sem que haja a necessidade de prescrever medicamentos durante o tratamento.

Vale lembrar que o uso de remédios não cura os transtornos de ansiedade, mas podem melhorar os seus sintomas. Neste caso, é comum a indicação de ansiolíticos e antidepressivos, que têm apresentado resultados eficazes para conter a doença. Para os quadros de fobia social, quando se torna necessário controlar batimentos cardíacos rápidos e tremores, podem ser prescritos também betabloqueadores.

Já nos casos em que o nível de estresse está elevado entre os idosos, o psiquiatra ou psicólogo pode recomendar o tratamento complementar, que envolve a realização de atividades físicas, meditação, yoga, pilates, tai chi, entre outras práticas. Nesses casos, técnicas complementares podem ajudar a aumentar a consciência corporal e a promover sensações de bem-estar e relaxamento, impactando diretamente o humor e a qualidade de vida do idoso.

Outras medidas preventivas que podem combater a ansiedade nos idosos são: manter-se ativo, realizar atividades de lazer, como tocar um instrumento, pintura e dança, e estar rodeado de relações afetivas, sejam familiares ou amigos, mesmo que à distância.

No entanto, é preciso lembrar que a confirmação do transtorno de ansiedade somente pode ser feita sob o cuidado de um psiquiatra ou psicólogo e, por isso, a consulta é fundamental logo que aparecem os primeiros sintomas.

Publicado por: dolcevivere

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2 respostas para “Ansiedade na terceira idade: como identificar e tratar”

  1. Maria Adriana Souza Gomes disse:

    Minha mãe tem 75 anos e está com crise fortíssima de ansiedade.Toma os medicamentos e nada resolve.Sua pressão soube todos os dia mesmo tomando medicação.O que faço?

  2. Jeanny disse:

    Minha mãe tem 63 anos e a 4 luta contra uma ansiedade generalizada.
    Não tem volta de viver, range os de dentes, não consegue ficar parada, não consegue dormir.
    Ela sofre demais por passar por isso e nós (filhos) sofremos por ver a situação.
    Já passamos em diversos psiquiatras mas até hoje nenhum que realmente nos ajudou.
    Se algum profissional estiver interessado no caso dela me contata por favor porque não sabemos mais o que fazer.

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