Fobia social na terceira idade: conheça os prejuízos e as terapias
Postado: 8 de março de 2023
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Postado: 8 de março de 2023
De acordo com a American Psychiatric Association, a fobia social na terceira idade é caracterizada por um medo significativo e persistente de situações sociais nas quais a pessoa se sinta exposta e julgada pelas outras.
O quadro também pode acometer jovens e adultos, mas, para os idosos, a
situação é diferente e precisa de ainda mais atenção.
Segundo um estudo publicado na revista American Journal of Geriatric
Psychiatry, considera-se comum que os idosos se afastem dos ciclos sociais e essa normalização pode permitir o agravamento do problema.
Ainda de acordo com a publicação, a prevalência do diagnóstico de fobia social
em idosos foi de 4,94% e não foram identificadas associações significativas em
relação à situação socioeconômica, ao sexo ou ao status conjugal dos 12.792
participantes.
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Os riscos decorrentes da fobia social na terceira idade são, principalmente,
psicológicos. Dentre eles estão:
● Crescente dificuldade para se relacionar;
● Solidão, como consequência do item anterior;
● Sentimento de tristeza, vazio e/ou abandono;
● Pânico de eventos sociais;
● Baixa autoestima;
● Dificuldade de expressar os sentimentos e compartilhar os problemas.
E existem também os riscos físicos.
Estudos internacionais (como da Universidade de Chicago e da Universidade
de York) afirmam que o isolamento na terceira idade pode afetar
negativamente o sistema imunológico do idoso e aumentar os riscos de
doenças cardíacas e acidentes vasculares.
Por fazerem parte do grupo de risco da Covid-19, o afastamento social
mandatório foi ainda mais estressante para os mais velhos, pois a preocupação
com o contágio era maior. De repente, não se podia nem mesmo estar perto
dos familiares que moravam em outra casa.
Além disso, notícias falsas aterrorizantes circulavam – e os idosos
frequentemente estão mais vulneráveis a esse tipo de conteúdo.
Com isso tudo, as questões mentais se agravaram, assim como os
diagnósticos de fobia social.
E então, como ajudar um idoso que está enfrentando a fobia social?
Assim como para a maioria dos outros transtornos mentais, o quadro deve ser
tratado através da psicoterapia. Alguns casos também precisam de
medicamentos ou de acompanhamento do psiquiatra.
A terapia cognitiva comportamental, em especial, vem se mostrando como o
tratamento mais eficaz para a fobia social.
A psicodinâmica em grupo, por sua vez, também se apresentou como um
tratamento bastante eficiente.
Em paralelo, incentivar que o idoso participe de coletivos para praticar atividades que sejam do seu interesse pode impulsionar o
processo. Alguns exemplos são:
● Aulas de música, canto ou corais;
● Aulas de artesanato;
● Aulas de dança;
● Arteterapia;
● Meditação;
● Alongamentos;
● Pilates;
● Hidroginástica.
Além disso, podem também ser propostos alguns encontros digitais breves, por videochamada, com amigos e familiares. A prática pode favorecer uma
reestruturação cognitiva e abrir as portas para mais interações presenciais.
Publicado por: dolcevivere
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