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Por que os idosos deveriam jogar mais videogame em seu cotidiano?

Postado: 10 de outubro de 2017

Aos 90 anos, Liziria Gonçalves nunca achou que se interessaria e se divertiria tanto jogando videogame, e sente falta quando fica muito tempo longe das partidinhas de boliche que disputa com os moradores da casa de repouso onde mora.

League of Legends, Dota, Minecraft ou mesmo no Mario e no Sonic eram totalmente desconhecidos.

Todas as quartas-feiras, ela e mais um grupo de idosos, se reúnem na frente da TV e jogam boliche por meio do Kinect, um sensor de movimentos que é ligado a um Xbox One e possibilita disputar partidas usando o próprio corpo, sem a necessidade de um controle ou joystick.

“Nunca tinha visto isso de jogar boliche na televisão, mas achei a coisa mais fácil que tem. Eu gosto muito”, contou Luiz Nascimento, 88, um dos companheiros de boliche de Liziria. Ex-jogador de bocha, o idoso achou “maravilhoso” jogar na frente da televisão.

“Tem toda uma técnica em arremessar. É o moderno entrando na nossa vida. E o melhor é que não cansa nada. Até em uma cadeira de rodas dá para jogar”, disse.

 

Prevenção e reabilitação

A atividade traz dois benefícios: O primeiro é a prevenção, já que o jogo ajuda no equilíbrio, na postura, na concentração e na atenção dos idosos. Além disso, outra função é ajudar na reabilitação, como apoio à fisioterapia. Os benefícios são inúmeros. Até mesmo afetivo. Um dos idosos disse que o neto se reaproximou e passou a pedir para jogarem videogame juntos.

O jogo de boliche na casa de repouso começou no ano passado. Ao final de um ciclo de disputas, é organizado um campeonato entre os idosos, que ficam orgulhosos em receber uma medalha.

Os 25 idosos que moram no lar são divididos em grupos, que contam com o auxílio de estagiários. No total, a atividade dura uma hora e meia.

 

Melhora na cognição contra doenças degenerativas

Os jogos ajudam muito a cognição dos idosos, o que pode retardar ou prevenir doenças como o Alzheimer. Os videogames ajudam, pois promovem um aumento no número de sinapses, de interconexões entre neurônios.

 

O cérebro humano tem cerca de 100 bilhões de neurônios que se comunicam e formam 100 trilhões de interconexões. Os neurocientistas descobriram que com o passar dos anos, ocorre no cérebro uma diminuição de sinapses que traz consequentemente, uma deficiência cognitiva.

A relação e evolução entre a perda de capacidades cognitivas e doenças como o Alzheimer ainda tem muitos pontos abertos no conhecimento científico. Uma das tentativas de entender melhor o aparecimento da doença está sendo tocada por pesquisadores britânicos com um jogo eletrônico para estudar o mal de Alzheimer.

Os usuários do Sea Quest Hero enfrentam labirintos, tentam evitar tiros e fogem de monstros marinhos. O jogo estimula o cérebro dos participantes com uma série de tarefas que exigem capacidade de memorização e de orientação para, ao mesmo tempo, coletar dados sobre os primeiros indícios da doença.

 

Atividades estimulantes

A maneira mais indicada é a leitura com reflexão. Mas a informática, a participação em grupos de convivência, aprender uma nova língua ou instrumento musical e os exercícios físicos também ajudam na melhoria da cognição.

O importante é o idoso fazer o que gosta e encontrar uma atividade que lhe dê prazer. E isso, pelo jeito, é exatamente o que Liziria, Nascimento e os novos jogadores de boliche pelo videogame estão fazendo.

Fonte: Edição MS

Publicado por: dolcevivere

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