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Terapia musical proporciona qualidade de vida a idosos com demência

Postado: 4 de julho de 2017

A proposta paliativa da musicoterapia é tema de diversas pesquisas e trabalhos acadêmicos, mas é observando a experiência que os terapeutas ocupacionais do Espaço Convivência se convencem de seu poder.

A música tem um significado pessoal e é um forte estímulo para envolver as respostas nas pessoas, mesmo nos estágios tardios da demência. Mesmo que elas não saibam necessariamente lhe dizer qual é a música, são capazes de se emocionar e fazer associações.

Em um estudo de 1986, apenas a música foi capaz de provocar resposta física em pacientes no estágio final da doença de Alzheimer. Diante da canção favorita, alteravam-se a medição da frequência cardíaca, a respiração, o piscar dos olhos e os movimentos da boca.

Uma pesquisa posterior sobre o uso da música em cuidados paliativos descobriu que, enquanto a combinação de linguagem é processada apenas por uma parte cognitiva, a música é compreendida por diversas partes do cérebro. Isso aumenta a chance de ativar caminhos neurológicos que a linguagem sozinha não consegue alcançar.

No entanto, para que ocorram tais associações, é importante estudar o perfil dos pacientes. Descobrir quais músicas faziam sucesso na época que eram jovens e avaliar a região em que eles moravam são alguns dos fatores levados em consideração.

Como não existe cura para a demência, a música tem esse poder de resgate, ao mesmo tempo em que ajuda a trabalhar a parte física.

Quando os terapeutas viram músicos, quem ainda tem funções motoras consegue se levantar e dançar com os cuidadores. Mesmo aqueles com capacidade reduzida para se mover participam da atividade munidos de pequenos pandeiros ou claves de madeira. A intenção é não deixar ninguém parado e praticar a socialização — uns com os outros e também com a comunidade.

Assim, quando eles cantam se divertem com os outros companheiros. Por isso, a música acaba por encorajar a ligação com os outros, o que, por sua vez, pode ajudar a aliviar os sentimentos de solidão e depressão.

Além de todos os benefícios — cognitivos, sensoriais, físicos, sociais e comportamentais —, a proposta da música também funciona como estratégia de relaxamento para que os idosos consigam dormir melhor.

Embora a musicoterapia possua evidências científicas inconclusivas sobre todos os seus benefícios, os profissionais do centro geriátrico observam que o uso de intervenções musicais ou rítmicas tem sido verdadeiramente promissor.

Muitas vezes eles podem esquecer a letra, mas sabem a melodia e daí entra o fator da emoção também. Muitos choram e se sensibilizam, outros ficam felizes e sorriem. Isso para nós já é uma comprovação do quanto podemos manter e melhorar a qualidade de vida de uma pessoa.

Fonte: Metrópoles

Publicado por: dolcevivere

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